"Em tempo de Modernidade Líquida" O texto de Maura Corcine Lopes muito bem elaborado ,discorre sobre o Livro Bauman & Educação (Coleção Pensadores e Educação) dos autores Santo Filipe, Ivan Macedo e Valter da UF do Espírito Santo. Assim que puder irei escanear outros textos desta revista...
....porém deixarei aqui um trecho que achei extremamente interessante: Mantendo-se atento a estas articulações, por exemplo,os autores dedicam várias páginas para uma discussão extremamente interessante a cerca dos dilemas e de desafios educacionais nos cenários globalizados da “modernidade líquida”.Entre outros, um desses desafios é a necessária ressignificação da “forma escola”. Arquitetada e instituída num cenário moderno sólido, cheio de certezas e de pretensas estabilidades, a escola encontra-se diante do grande dilema: ou se repensa e se transforma em sintonia com a progressiva liquidez do mundo contemporâneo ou, deixando de responder a esse mundo, involui e caminha para um processo de extinção. Como alguns tem alertado, o preceito de uma “educação para toda a vida” parece estar dando lugar para o preceito “educação por toda vida”. Em outras palavras, uma escola que, nos últimos dois ou três séculos, dedicou-se a uma formação pouco flexível ao longo de um processo que deveria ser definitivo - isto é , ter um início, um meio e um fim, terá de dar lugar a um outro tipo de escola que deverá não apenas ser flexível mas talvez principalmente, deverá funcionar ao longo de toda a vida dos alunos. Em resposta a uma sociedade sempre cambiante, em contínua mudança, a educação escolar não terá como atingir um ponto final. Um claro sinal disso são as cada vez mais comuns expressões”educação permanente”,” educação continuada”,”cosmopolitismo inacabado”, “escola aberta“, ”aprendizagem ao longo da vida”, etc. Como bem sublinha o livro, além do caráter analítico da variada obra de BAUMAN, sua sociologia também assume um expressivo posicionamento político. Para ele, a finalidade da educação, numa sociedade pautada pela liquidez, seria”contestar o impacto das experiências do dia a dia, enfrentá-los e por fim, desafiar as pressões que surgem do ambiente social “(BAUMAN sociólogo acrescenta outro: além do seu papel socializador, a escola tem de estar atenta à promoção de subjetividades que sejam capazes de questionar o status quo e colocar sob suspeita tudo aquilo que se costuma tomar como certo, tranquilo e natural.
Enfim, Bauman & Educação é um livro que muito contribui para a bibliografia brasileira no campo da educação e da sociologia. Filipe Almeida, Ivan Gomes, Valter Bracht conseguiram com o maior sucesso, realizar a proeza de produzir uma obra ao mesmo tempo tecnicamente rigorosa e acessível. Aquelas pessoas interessadas em se aproximar e até mesmo em se aprofundar no universo baumaniano e nas suas relações com o mundo da educação encontrarão nesse livro, uma excelente leitura. Nesta revista podemos encontrar artigos como: *Chat em processos de aprendizagem, *Como o cérebro aprende a ler, *Pensar e falar bem, *Práticas de leitura num assentamento rural, *Letramento digital *Jovens em tempo de Web2.0, onde fala sobre vlogs, blogs, upload, upgrade, MP3. E logo no editorial conta: ''que uma educadora postou no twitter que os alunos estão no universo digital enquanto a escola permanece analógica." É preciso enfrentar este descompasso entre a escola e a contemporaneidade. Afinal, o avanço da tecnologia expandiu as fronteiras do saber e trouxe uma série de possibilidades que podem tornar a escola um ambiente mais desafiador e interessante, tanto para quem aprende como para quem ensina''. de Rosangela Guerra. Todo o artigo foi transcrito da revista Presença Pedagógica citada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário