quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Revolução Educacional

A revolução educacional que a tecnologia pode propocionar
Por Thyago Taian da Rocha Ziderich e Mariana da Silva Barbalho
Alunos do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadal José Leite Lopes
Núcleo Avançado em Educação


Não basta mais termos em sala de aula professores ensinando conteúdos de maneira tradicional e mecânica, se fora daquele espaço de ensino existe um crescente mundo virtual e tecnológico que cada vez mais faz parte do cotidiano dos estudantes. É preciso que a escola e os professores repensem sua metodologia de trabalho e procurem alternativas para introduzir a tecnologia no contexto das aulas, contribuindo para um melhor aprendizado dos estudantes.

Existem diversas maneiras para que a instituição de ensino e os profissionais da mesma usem a tecnologia de forma construtiva e interativa, através do computador e principalmente da internet. A internet, para fins pedagógicos, permite ao aluno uma interação impressionante, além de possuir possibilidades inesgotáveis de pesquisa.

É preciso que os professores ensinem e estimulem os alunos a utilizarem novas mídias, tais como a internet, blogs, o que irá contribuir muito para aumentar a motivação e o interesse dos mesmos, preparando – os para um mundo cada vez mais globalizado e tecnológico.

O uso de redes sociais como o facebook, o Orkut, o MSN, entre outros, também tem tudo para estimular cada vez mais os alunos. Usar essas redes como ferramentas de debates virtuais, mobilizações para entregas de trabalhos e formas de conhecimento, fará com que o aluno tenha um interesse e estímulo de ir à escola, jamais presenciados antes.

O fato de se ter projetores e quadros interativos nas salas de aula seria outra novidade muito interessante para alunos e professores. Os educadores não precisariam mais se desgastar tendo que copiar longas matérias no quadro. Em vez disso, poderão preparar apresentações para serem exibidas nos quadros interativos e consequentemente os alunos não tendo que copiar longas matérias, poderão se concentrar mais na explicação do orientador e posteriormente, ter acesso ao conteúdo dado.

É importante citar também que os professores, para fazerem com que suas aulas fiquem mais dinâmicas e interessantes, precisam ter estrutura para isso. A escola deverá oferecer aos professores recursos e formação que nos possibilitem a fazer uso de todas as práticas citadas nos parágrafos acima. As escolas que não possuem estrutura suficiente para isso precisam e devem mudar rapidamente, pois computadores e internet disponíveis aos alunos são algo que a instituição de ensino deve oferecer aos professores como ferramenta de trabalho.

Todas essas melhorias tecnológicas no âmbito educacional contribuirão para um melhor rendimento dos alunos, que não mais considerarão a escola como um lugar enfadonho, e sim como uma oportunidade de aprender coisas novas e interessantes. Dessa forma, poderemos construir um país melhor, onde a educação ocupe um lugar privilegiado.

COMENTÁRIOS DESTE TEXTO:

Marcella Ignes disse:
13/10/2011 às 17:10

Concordo com a matéria acima, acho que se as escolas pudessem oferecer mais recursos a todos os alunos, isso motivaria mais os mesmos e sua dedicação por consequencia iria aumentar.
É torcer para que um dia todas as escolas possam conseguir aliar a educação e a tecnologia de maneira construtiva.
Gostei muito da matéria.
Parabéns aos autores.


Cidneia disse:
13/10/2011 às 23:06
Excelente matéria! Muitos docentes deveriam ler. O uso de novas tecnologias é sim um grande avanço. Porém deve ter um planejamento e objetivos claros. Docentes que não sabem fazer uso de novas metologias de ensino devem se reciclar. Os alunos mudaram e querem muito mais de nós professores e esse tipo de matéria só prova isso.

Parabéns Thyago e Mariana!

É muito boa, mas tipo eu não concordo mt com isso… acho que a utilização dos computadores, a criação de blogs e tal, só engana a gente, mts professores enrolam com isso, é uma perca de tempo, sou mais tradicional, porque qnd o professor bota a materia no quadro a gente memoriza melhor e depois tem por onde estudar.. mas isso vai de como cada professor sabe utilizar essa ferramenta! é isso ae.. um abraço e parabéns!

Fernando Machado disse:
13/10/2011 às 16:25
Ótimo ponto de vista e texto! Concordo plenamente com o uso de tais tecnologias na aprendizagem dos alunos, mas infelizmente ainda temos alguns pensamentos retrógrados e conservadores que pensam que tais dispositivos dispersam os alunos e regridem a educação. Mas cabe a eles refletirem que a educação, na sua maior parte, depende do aluno! E se esse se dispersa com os meios tecnológicos certamente se dispersará com os retrógrados. Cabe, assim, usar tais tecnologias para chamar a atenção desses alunos ..

Parabéns!!!!!

Bárbara Queiroz disse:
12/10/2011 às 21:24
Acho importante vocês terem falado sobre os professores terem aulas dinâmicas através da tecnologia. Inclusive, alguns deveriam ler isso né.. rs.
A matéria de vocês ficou muito boa, Mari e Taian!
Parabéns!

Denise Ribeiro disse:
12/10/2011 às 18:26
De fato seria ótimo se todos os setores da educação utilizassem a tecnologia a seu favor.
Ótima matéria.
Parabéns



Este conteúdo foi enviado por Cris Rodrigues para o Grupo O.T em 13-10-2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dia do Professor por Cris Rodrigues


Texto da Cris Rodrigues do Grupo O.T do Estado do Rio


Dia do professor. Um dia para refletir. E força e fé para todos que lutam por melhor educação e qualidade de vida no nosso país. Educação e comprometimento, tudo o que todos precisamos em todas as áreas, para que possamos pelo menos, trabalhar decentemente.


Recebi este texto da Cris Rodrigues do Grupo O.T do Estado do Rio:


Reflexão de uma educadora americana


Ênfase em responsabilização de professor é danosa para a educação, afirma Diane uma das principais defensoras da reforma educacional americana - baseada em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas - mudou de ideia. Após 20 anos defendendo um modelo que serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil, Diane Ravitch diz que, em vez de melhorar a educação, o sistema em vigor nos Estados Unidos está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação. Secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação na administração de George Bush, Diane foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para assumir o National Assessment Governing Board, instituto responsável pelos testes federais. Ajudou a implementar os programas No Child Left Behind e Accountability, que tinham como proposta usar práticas corporativas, baseadas em medição e mérito, para melhorar a educação. Suas revisão de conceitos foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos. Leia entrevista concedida por Diane ao Estado. Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana? Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo. Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability? O No Child Left Behind não funcionou por muitos motivos. Primeiro, porque ele estabeleceu um objetivo utópico de ter 100% dos estudantes com proficiência até 2014. Qualquer professor poderia dizer que isso não aconteceria - e não aconteceu. Segundo, os Estados acabaram diminuindo suas exigências e rebaixando seus padrões para tentar atingir esse objetivo utópico. O terceiro ponto é que escolas estão sendo fechadas porque não atingiram a meta. Então, a legislação estava errada, porque apostou numa estratégia de avaliações e responsabilização, que levou a alguns tipos de trapaças, manobras para driblar o sistema e outros tipos de esforços duvidosos para alcançar um objetivo que jamais seria atingido. Isso também levou a uma redução do currículo, associado a recompensas e punições em avaliações de habilidades básicas em leitura e matemática. No fim, essa mistura resultou numa lei ruim, porque pune escolas, diretores e professores que não atingem as pontuações mínimas. Qual é o papel das avaliações na educação? Em que elas contribuem? Quais são as limitações? Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações. Testes devem ser usados com sabedoria, apenas para dar um retrato da educação, para dar uma informação. Qualquer medição fica corrompida quando se envolve outras coisas num teste. Na sua avaliação, professores também devem ser avaliados? Professores devem ser testados quando ingressam na carreira, para o gestor saber se ele tem as habilidades e os conhecimentos necessários para ensinar o que deverá ensinar. Eles também devem ser periodicamente avaliados por seus supervisores para garantir que estão fazendo seu trabalho. E o que ajudaria a melhorar a qualidade dos professores? Isso depende do tipo de professor. Escolas precisam de administradores experientes, que sejam professores também, mais qualificados. Esses profissionais devem ajudar professores com mais dificuldades. Com base nos resultados da política educacional americana, o que realmente ajuda a melhorar a educação? As melhores escolas têm alunos que nasceram em famílias que apoiam e estimulam a educação. Isso já ajuda muito a escola e o estudante. Toda escola precisa de um currículo muito sólido, bastante definido, em todas as disciplinas ensinadas, leitura, matemática, ciências, história, artes. Sem essa ênfase em um currículo básico e bem estruturado, todo o resto vai se resumir a desenvolver habilidades para realizar testes. Qualquer ênfase exagerada em processos de responsabilização é danosa para a educação. Isso leva apenas a um esforço grande em ensinar a responder testes, a diminuir as exigências e outras maneiras de melhorar a nota dos estudantes sem, necessariamente, melhorar a educação. O que se pode aprender da reforma educacional americana? A reforma americana continua na direção errada. A administração do presidente Obama continua aceitando a abordagem punitiva que começamos no governo Bush. Privatizações de escolas afetam negativamente o sistema público de ensino, com poucos avanços de maneira geral. E a responsabilização dos professores está sendo usada de maneira a destruí-los. Quais são os conceitos que devem ser mantidos e quais devem ser revistos? A lição mais importante que podemos tirar do que foi feito nos Estados Unidos é que o foco deve ser sempre em melhorar a educação e não simplesmente aumentar as pontuações nas provas de avaliação. Ficou claro para nós que elas não são necessariamente a mesma coisa. Precisamos de jovens que estudaram história, ciência, geografia, matemática, leitura, mas o que estamos formando é uma geração que aprendeu a responder testes de múltipla escolha. Para ter uma boa educação, precisamos saber o que é uma boa educação. E é muito mais que saber fazer uma prova. Precisamos nos preocupar com as necessidades dos estudantes, para que eles aproveitem a educação. QUEM É É pesquisadora de educação da Universidade de Nova York. Autora de vários livros sobre sistemas educacionais, foi secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação entre 1991 e 1993, durante o governo de George Bush. Foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para o National Assessment Governing Board, órgão responsável pela aplicação dos testes educacionais americanos.

Fonte: Profª Denize , Blog Pó de Giz. --

Omar Costa.


"Sempre há o que aprender, ouvindo, vivendo e 
sobretudo, trabalhando. 
Mas só aprende quem se dispõe a rever suas certezas."   
Darcy Ribeiro


" Eduquem-se as crianças e não será necessário punir os adultos "