Os professores do CEMMPS e EEMGF –Monclar Gomes Filho, de Sodrelândia receberam no “Maria Marina” o professor Evaldo Bittencourt, para Encontro Pedagógico cujo tema foi - Desafios da Educação no Século XXI. As abordagens mantiveram a platéia atenta e participativa , pois em todos os momentos presenciávamos o professor Evaldo, relatando problemas e apontando soluções muitas vezes simples, para nossa prática educativa. Falando assim parece até fácil, mas sabemos muito bem, que são necessárias sim, mudanças pessoais e tomadas de decisões no coletivo para que as ações possam se concretizar.
O que nos chamou atenção foram os dados técnicos e estatísticos que nos mostram onde estamos errando, em termos de Educação e consequentemente na Inclusão Social. Precisamos nos fundamentar em todos os campos que dizem respeito a aprendizagem, para que também não sejamos apenas mais uma peça na engrenagem, que faz com que a Educação de qualidade não aconteça de maneira satisfatória no nosso país.
Podemos garantir que as reflexões desse encontro serão proveitosas para nosso fazer educacional.
Roteiro ... pelo prof. Evaldo:
Dinâmicas inicial e final , Abordagens ,Slides Mensagens, Vídeos e Textos fizeram parte do encontro.
Abordagens :.
• Contextos sociais brasileiros e seus reflexos nas práticas dos docentes.
• Crise da identidade do docente e elevação da auto estima
• Práticas pedagógicas inovadoras - desafio coletivo
• Os alunos como sujeitos em crise em uma perspectiva complexa:
• Trabalhando com a abordagem: história de vida
• A prática pedagógica enquanto prática social
Dentre as frases do encontro, selecionamos esta:
”Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. Deveríamos criar uma relação entre pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância”. José Saramago
Das falas pudemos anotar:
Os projetos da escola precisam ser fundamentados:
• Na cooperação e na solidariedade.
• Que a competição proposta pelo modelo atual não privilegia quem precisa, e mais do que nunca temos que planejar para diagnosticar e avaliar continuadamente os procedimentos e realizar as ações necessárias para que a aprendizagem aconteça.
• Há uma grande pressão para que a escola passe a ser tratada como empresa , sem a preocupação de atender às diferenças sociais.
• Refletir e procurar melhorar para não reproduzir a educação obsoleta que recebemos.
• A proposta pedagógica deve ter participação de pais, alunos e comunidade .
• Dizer não a indiferença.
• Divulgar o Regimento Interno da escola e dar abertura para as modificações necessárias sejam realizadas.
• Ouvir o aluno.
• Procurar apoio dos órgãos competentes para que o direito das crianças seja respeitado.
• Respeitar regras pré-estabelecidas.
• 80% dos acessos a internet são com propósito de alienação.
• 50% da população possui computadores.
• Revisar estratégias pois perdemos 1/3 do tempo contornando indisciplinas ou tentando motivar os alunos.
• O professor tem autonomia para montar pedagogicamente o seu conteúdo e planejamento escolar.
• Diagnosticar as forças de poder a favor e contra a escola, e trabalhar para agregar parceiros preocupados com a educação.
• Sair da zona de conforto e aceitar e não combater quem está disposto a alavancar projetos positivos para a escola.
• Fazer uma releitura do novo contexto social.
• Entender que em ambiente educacional, temos que saber gerenciar conflitos, buscando ajuda ou alternativas para minimizar estas questões.
• Propiciar a interdisciplinaridade.
• Sair do isolamento
• Rever as relações de poder na escola.
• Cuidar da saúde, pois em 2005 pesquisas vem apontando doenças devido aos problemas enfrentados pelos professores.
Lembramos que os diretores Heloísa H.L.R.Neves (CEMMPS)e Luis Otávio A. Lemgruber foram os Coordenadores deste encontro.
Para ilustrar retirei este texto da internet onde encontramos uma fala do professor Evaldo.
http://www.se.df.gov.br/300/30003002.asp?ttCD_CHAVE=69671
As histórias por trás da evasão escolar - 25/11/2008
Matéria publicada pelo jornal O Globo desta terça-feira informa: são várias as razões que levam os jovens a estar fora das salas de aula do ensino médio. Conheça algumas delas Josy Fischberg » josy@oglobo.com.br
É nesta última semana de aulas que os professores, especialmente os do ensino médio das Escolas públicas, fecham a conta de quantos de seus alunos "desapareceram" ao longo do ano letivo. E, acreditem, não foram poucos. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), metade das 3,6 milhões de pessoas que entram anualmente no Ensino Médio no país não concluem os estudos em três anos (ou abandonam ou repetem). Há cerca de um mês, o MEC anunciou que estuda a proposta de tornar obrigatório o ensino dos 4 aos 17 anos (hoje a obrigatoriedade só vai dos 6 até os 14).
A Megazine foi atrás de alguns desses meninos e meninas que estão longe das salas de aula. Os motivos que os levaram a abandonar o Ensino Médio variam: gravidez, falta de "grana", outros compromissos... Anna Luíza da Silva, de 19 anos, que estava na 1ª série do Ensino Médio e deixou de estudar este ano, é bem direta: "a Escola não me atraía".
Anna faz parte de uma maioria. De acordo com uma pesquisa divulgada no ano passado pela Fundação Getúlio Vargas, 45,1% dos jovens de 15 a 17 anos que não estudam mais, dizem que optaram por isso porque a Escola não lhes interessa.
De fato, o Ensino Médio brasileiro, segundo educadores e especialistas, sofre de uma séria "crise de identidade".
- Basicamente, nós só temos um modelo de Ensino Médio para todo o Brasil . Os países europeus têm vários. Há os profissionalizantes, com equivalência para a universidade, com menos ou mais teoria e por aí vai - diz o economista Cláudio de Moura Castro, Consultor Internacional de Educação.
O dilema principal do nosso Ensino Médio está entre preparar para o trabalho ou para o Ensino Superior.
- Não se pode achar que o aluno tem de se adequar a um currículo que não dá conta de suas necessidades - diz Castro.
Outros fatores contribuem para o cenário: falta de professores e funcionários, estudantes que chegam ao Ensino Médio apenas alfabetizados, etc. Quem paga a conta, claro, são os jovens.
- O Ensino Médio é o mínimo necessário para se entrar no mercado de trabalho. Quem pára de estudar nessa fase só consegue subempregos ou fica desempregado - afirma Wanda Engel, doutora em Educação e superintendente do Instituto Unibanco.
Wanda afirma que, quanto maior a Escolarização, menores são os índices de criminalidade e fecundidade. Além disso, para o Brasil, a evasão Escolar é como uma "bomba-relógio":
- Um país cuja população não tem esse grau de Escolaridade não tem condições de competir globalmente.
O superintendente pedagógico da Secretaria Estadual de Educação, Evaldo Bittencourt, explica que há uma série de medidas que vêm sendo tomadas para mudar a situação. Uma delas é a ampliação de um projeto de Ensino Médio Integrado no Rio de Janeiro:
- Muitos têm necessidade de qualificação para trabalho. Vamos expandir um projeto que existe em quatro Escolas, um Ensino Médio integrado ao profissionalizante. Além disso, há programas de incentivo aos grêmios e formação continuada para professores. Estamos distribuindo notebooks para os docentes, eles precisam estar mais próximos desses jovens.
Aos que têm vontade de fazer algo para mudar a situação, Bittencourt avisa que qualquer universitário pode se oferecer para atuar nas Escolas Estaduais. Basta se apresentar a uma delas como voluntário.
O Globo
Foto do ensinofernandomota.com
O que nos chamou atenção foram os dados técnicos e estatísticos que nos mostram onde estamos errando, em termos de Educação e consequentemente na Inclusão Social. Precisamos nos fundamentar em todos os campos que dizem respeito a aprendizagem, para que também não sejamos apenas mais uma peça na engrenagem, que faz com que a Educação de qualidade não aconteça de maneira satisfatória no nosso país.
Podemos garantir que as reflexões desse encontro serão proveitosas para nosso fazer educacional.
Roteiro ... pelo prof. Evaldo:
Dinâmicas inicial e final , Abordagens ,Slides Mensagens, Vídeos e Textos fizeram parte do encontro.
Abordagens :.
• Contextos sociais brasileiros e seus reflexos nas práticas dos docentes.
• Crise da identidade do docente e elevação da auto estima
• Práticas pedagógicas inovadoras - desafio coletivo
• Os alunos como sujeitos em crise em uma perspectiva complexa:
• Trabalhando com a abordagem: história de vida
• A prática pedagógica enquanto prática social
Dentre as frases do encontro, selecionamos esta:
”Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. Deveríamos criar uma relação entre pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância”. José Saramago
Das falas pudemos anotar:
Os projetos da escola precisam ser fundamentados:
• Na cooperação e na solidariedade.
• Que a competição proposta pelo modelo atual não privilegia quem precisa, e mais do que nunca temos que planejar para diagnosticar e avaliar continuadamente os procedimentos e realizar as ações necessárias para que a aprendizagem aconteça.
• Há uma grande pressão para que a escola passe a ser tratada como empresa , sem a preocupação de atender às diferenças sociais.
• Refletir e procurar melhorar para não reproduzir a educação obsoleta que recebemos.
• A proposta pedagógica deve ter participação de pais, alunos e comunidade .
• Dizer não a indiferença.
• Divulgar o Regimento Interno da escola e dar abertura para as modificações necessárias sejam realizadas.
• Ouvir o aluno.
• Procurar apoio dos órgãos competentes para que o direito das crianças seja respeitado.
• Respeitar regras pré-estabelecidas.
• 80% dos acessos a internet são com propósito de alienação.
• 50% da população possui computadores.
• Revisar estratégias pois perdemos 1/3 do tempo contornando indisciplinas ou tentando motivar os alunos.
• O professor tem autonomia para montar pedagogicamente o seu conteúdo e planejamento escolar.
• Diagnosticar as forças de poder a favor e contra a escola, e trabalhar para agregar parceiros preocupados com a educação.
• Sair da zona de conforto e aceitar e não combater quem está disposto a alavancar projetos positivos para a escola.
• Fazer uma releitura do novo contexto social.
• Entender que em ambiente educacional, temos que saber gerenciar conflitos, buscando ajuda ou alternativas para minimizar estas questões.
• Propiciar a interdisciplinaridade.
• Sair do isolamento
• Rever as relações de poder na escola.
• Cuidar da saúde, pois em 2005 pesquisas vem apontando doenças devido aos problemas enfrentados pelos professores.
Lembramos que os diretores Heloísa H.L.R.Neves (CEMMPS)e Luis Otávio A. Lemgruber foram os Coordenadores deste encontro.
Para ilustrar retirei este texto da internet onde encontramos uma fala do professor Evaldo.
http://www.se.df.gov.br/300/30003002.asp?ttCD_CHAVE=69671
As histórias por trás da evasão escolar - 25/11/2008
Matéria publicada pelo jornal O Globo desta terça-feira informa: são várias as razões que levam os jovens a estar fora das salas de aula do ensino médio. Conheça algumas delas Josy Fischberg » josy@oglobo.com.br
É nesta última semana de aulas que os professores, especialmente os do ensino médio das Escolas públicas, fecham a conta de quantos de seus alunos "desapareceram" ao longo do ano letivo. E, acreditem, não foram poucos. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), metade das 3,6 milhões de pessoas que entram anualmente no Ensino Médio no país não concluem os estudos em três anos (ou abandonam ou repetem). Há cerca de um mês, o MEC anunciou que estuda a proposta de tornar obrigatório o ensino dos 4 aos 17 anos (hoje a obrigatoriedade só vai dos 6 até os 14).
A Megazine foi atrás de alguns desses meninos e meninas que estão longe das salas de aula. Os motivos que os levaram a abandonar o Ensino Médio variam: gravidez, falta de "grana", outros compromissos... Anna Luíza da Silva, de 19 anos, que estava na 1ª série do Ensino Médio e deixou de estudar este ano, é bem direta: "a Escola não me atraía".
Anna faz parte de uma maioria. De acordo com uma pesquisa divulgada no ano passado pela Fundação Getúlio Vargas, 45,1% dos jovens de 15 a 17 anos que não estudam mais, dizem que optaram por isso porque a Escola não lhes interessa.
De fato, o Ensino Médio brasileiro, segundo educadores e especialistas, sofre de uma séria "crise de identidade".
- Basicamente, nós só temos um modelo de Ensino Médio para todo o Brasil . Os países europeus têm vários. Há os profissionalizantes, com equivalência para a universidade, com menos ou mais teoria e por aí vai - diz o economista Cláudio de Moura Castro, Consultor Internacional de Educação.
O dilema principal do nosso Ensino Médio está entre preparar para o trabalho ou para o Ensino Superior.
- Não se pode achar que o aluno tem de se adequar a um currículo que não dá conta de suas necessidades - diz Castro.
Outros fatores contribuem para o cenário: falta de professores e funcionários, estudantes que chegam ao Ensino Médio apenas alfabetizados, etc. Quem paga a conta, claro, são os jovens.
- O Ensino Médio é o mínimo necessário para se entrar no mercado de trabalho. Quem pára de estudar nessa fase só consegue subempregos ou fica desempregado - afirma Wanda Engel, doutora em Educação e superintendente do Instituto Unibanco.
Wanda afirma que, quanto maior a Escolarização, menores são os índices de criminalidade e fecundidade. Além disso, para o Brasil, a evasão Escolar é como uma "bomba-relógio":
- Um país cuja população não tem esse grau de Escolaridade não tem condições de competir globalmente.
O superintendente pedagógico da Secretaria Estadual de Educação, Evaldo Bittencourt, explica que há uma série de medidas que vêm sendo tomadas para mudar a situação. Uma delas é a ampliação de um projeto de Ensino Médio Integrado no Rio de Janeiro:
- Muitos têm necessidade de qualificação para trabalho. Vamos expandir um projeto que existe em quatro Escolas, um Ensino Médio integrado ao profissionalizante. Além disso, há programas de incentivo aos grêmios e formação continuada para professores. Estamos distribuindo notebooks para os docentes, eles precisam estar mais próximos desses jovens.
Aos que têm vontade de fazer algo para mudar a situação, Bittencourt avisa que qualquer universitário pode se oferecer para atuar nas Escolas Estaduais. Basta se apresentar a uma delas como voluntário.
O Globo
Foto do ensinofernandomota.com
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